domingo, 10 de março de 2013

Arnaldo Antunes

Quem não conhece a letra:

"Bebida é água.
Comida é pasto.
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte.
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte..."

Ou ainda...

"O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa
Peste bubônica câncer pneumonia
Raiva rubéola tuberculose anemia
Rancor cisticircose caxumba difteria
Encefalite faringite gripe leucemia
O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa..."

Já lembra dos Titãs uma das bandas mais importantes do rock nacional e claro de Arnaldo Antunes que juntamente com Tonny Belloto e Marcello Fromer criaram grandes composições que se tornaram inesquecíveis.

Arnaldo Antunes será um artista estudado por nós, por ser um contemporâneo importante para a arte brasileira. Compositor, músico, artista plástico, cantor, poeta, escritor... ufa! Quantas habilidades!! Pois é... por isso que eu o adoro vamos conhecê-lo melhor.

Biografia a partir de Itaú Cultural


Antunes, Arnaldo (1960)

Arnaldo Augusto Nora Antunes Filho (São Paulo SP 1960). Poeta, músico e artista gráfico. Desde a adolescência participa de várias performances artísticas coletivas. Em 1978, ingressa na faculdade de Letras da Universidade de São Paulo, mas não conclui o curso. Em 1980, torna-se integrante da primeira formação da Banda Performática do artista plástico José Roberto Aguilar (1941). Em 1982, apresenta-se pela primeira vez com a banda Titãs do Iê-Iê, que, desde seu primeiro disco, em 1984, passa a se chamar apenas Titãs. No ano seguinte publica Ou E, seu primeiro livro de poesia. Durante a década, co-edita os três números da revista literária Almanak, em parceria do jornalista Sergio Papi (1958), o artista plástico Nuno Ramos (1960), entre outros. Em 1992, Arnaldo Antunes abandona os Titãs para seguir carreira musical solo. No mesmo ano, produz o CDIsto não É um Livro de Viagem, com leituras do poeta Haroldo de Campos (1929 - 2003), e realiza o projeto gráfico da obra Rimbaud livre, traduções do poeta Augusto de Campos (1931). Recebe o prêmio Jabuti por As Coisas, em 1993. No mesmo ano, excursiona com o show Nome, performance que inclui poesia, música e vídeo. Em 2002, participa do projeto Tribalistas com os músicos Marisa Monte (1967) e Carlinhos Brown (1962). Recebe o prêmio Jabuti, em 2004, pelo projeto gráfico do livro ET EU TU, parceria com a fotógrafa Márcia Xavier (1967). Publica, em 2006, a antologia Como É que Chama o Nome Disso, reunindo parte significativa de sua obra poética.

Comentário críticoDesde Ou E percebe-se que o tratamento gráfico é essencial para a criação de Arnaldo Antunes. Além do uso inventivo de tipos e tamanhos de fontes, o poeta utiliza-se de outros recursos visuais como, por exemplo, o manuscrito. Escrevendo a mão, Arnaldo grafa sua marca pessoal nos poemas - diferentemente dos poetas concretistas, que na fase ortodoxa pretendiam criar uma poesia gráfico-visual e impessoal.
Contudo, os traços, as rasuras e os garranchos contribuem, à sua maneira, para uma poesia "verbivocovisual": não à toa, muitos poemas de Arnaldo possuem diferentes formatos, ora como cartaz, ora como página de livro, ora como vídeo ou canção popular. A caligrafia também pode causar certo estranhamento, dificultando a leitura desatenta e/ou gerando significados paradoxais.


Ele é conhecido pelas criações a partir da fonética, ou seja, dos sons das letras, e além das músicas com rimas e repetições dos sons, ele também cria peças gráficas e poesias com a mesma temática.

Com sua voz forte e grave muitas vezes não conseguimos reconhecer os detalhes ou as palavras que ele canta ou fala, mas é isso que deixa o seu trabalho mais interessante.

Ele é um artista único. Vamos conhecer um pouco do trabalho dele:




As caligrafias: uso criativo da tipografia

Artes Plásticas


 Design Gráfico


 Instalação



Para conhecer mais

Site do artista:
http://www.arnaldoantunes.com.br/new/index.php


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