domingo, 20 de maio de 2012

Vanguardas Européias - texto para as 8. séries

Para falarmos sobre esse assunto é preciso pegar o significado da palavra Vanguarda:


Frente, dianteira. / Militar Elemento que precede uma força terrestre ou naval para garantir-lhe a segurança. / Fig. O que precede sua época por suas audácias: idéias de vanguarda.


A palavra “vanguarda” vem do francês avant-garde (termo militar que designa o pelotão que vai à frente). Desde o início do século 20, designa aqueles que, no campo das artes ou das ideias, está à frente de seu tempo.


Para mim é o melhor período, é quando grandes gênios revolucionaram as Artes: dança, visuais, música, teatro, literatura - tudo de novo aconteceu nessa época e a arte que temos hoje é graças a esses revolucionários. Claro tirando a música e o ballet que sofreram as primeiras radicais mudanças no Romantismo


A Europa inteira vivia o mesmo período, e os principais países foram: França, Espanha, Suiça, Rússia, Alemanha. Iam contra o sistema, foi uma arte politizada e questionadora de vários assuntos. 



É o conjunto de tendências que atua principalmente no campo das artes. Os textos seguintes registram alguns dos princípios fundamentais dos movimentos de vanguarda europeus do início do século XX. Cronologicamente, tais manifestações artísticas surgiram em torno da 1º Guerra Mundial, compreendendo o período que a antecedeu e o período que a sucedeu - quando então o mundo já se preparava para a 2º Guerra Mundial.


Vamos ver um pouco de cada uma delas?

Futurismo: primeiro movimento merecedor da classificação de vanguarda, caracteriza-se pelo interesse ideológico na arte. Sua produção preconiza a subversão radical da cultura e dos costumes, negando o passado em sua totalidade e pregando a adesão à pesquisa metódica e à experimentação estilística e técnica. 


O futurismo é um movimento artístico e literário surgido oficialmente em 20 de fevereiro de 1909, com a publicação do Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Marinetti, no jornal francês Le Figaro. A obra rejeitava o moralismo e o passado. Apresentava um novo tipo de beleza, baseado na velocidade e na elevação da violência.

O slogan do primeiro manifesto futurista de 1909 era “Liberdade para as palavras”, e considerava o design tipográfico da época, especialmente em jornais e propaganda. A diferença entre arte e design passa a ser abandonada e a propaganda é escolhida como forma de comunicação.

O novo é uma característica tão forte do movimento, que este chegou a defender a destruição de museus e de cidades antigas. Considerava a guerra como forma de higienizar o mundo.

O futurismo desenvolveu-se em todas as artes, influenciando vários artistas que posteriormente instituíram outros movimentos modernistas. Repercutiu principalmente na França e na Itália, onde vários artistas, entre eles Marinetti, se identificaram com o fascismo.



Cubismo: resultado das experiências de Pablo Picasso (1881 – 1973) e de Georges Braque (1882 – 1963), esteve, inicialmente, ligado à pintura e teve por princípio a valorização das formas geométricas. Na literatura, caracteriza-se pela fragmentação da linguagem e geometrização das palavras, dispostas no papel de maneira aleatória a fim de conceber imagens.

Cubismo analítico
Nessa fase, os objetos e pessoas representadas quebram-se em muitas faces, decompõem-se. O artista procura a visão total da figura, examinando-a em todos os ângulos ao mesmo tempo. E devido à fragmentação excessiva dos objetos, tornou-se quase impossível a identificação das figuras.
As cores eram poucas. Pretos, cinza, tons de marrom e ocre, a pintura era feita com diversos tons da mesma cor.

Picasso e Braque são os pintores mais importantes desta fase.



"Mulher jovem", de Pablo Picasso.

Cubismo sintético
A fase seguinte buscou recuperar um pouco as formas "identificáveis", com cores mais fortes e composições mais decorativas. Deu preferência às formas arredondadas e menos angulosas.
Outra característica dessa fase do cubismo foi a utilização da colagem com a introdução de elementos no quadro, como letras, números, pedaços de jornal, vidros, madeira etc. Era uma alusão à presença real do objeto.

Juan Gris e Fernand Legér são os pintores mais importantes dessa fase.

"Composição com vaso azul", de Fernand Léger(1918).
Dadaísmo: surgido em 1916, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), constitui um grito de revolta contra o capitalismo burguês e o mundo em guerra. Por isso, os dadaístas são contra as teorias e ordenações lógicas. 
Características principais do dadaísmo:

- Objetos comuns do cotidiano são apresentados de uma nova forma e dentro de um contexto artístico;
- Irreverência artística;
- Combate às formas de arte institucionalizadas;
- Crítica ao capitalismo e ao consumismo;
- Ênfase no absurdo e nos temas e conteúdos sem lógica;
- Uso de vários formatos de expressão (objetos do cotidiano, sons, fotografias, poesias, músicas, jornais, etc) na composição das obras de artes plásticas;
- Forte caráter pessimista e irônico, principalmente com relação aos acontecimentos políticos do mundo.

Expressionismo: tem como herança a arte do final do século 19 e valoriza aquilo que chama de expressão: a materialização criativa (na tela ou no papel) de imagens geradas no mundo interior do artista.

"O Grito" é uma das obras mais importantes do movimento expressionista. No quadro há uma figura andrógina (não é possível afirmar se é homem ou mulher), num momento de desespero e angústia. Ao fundo, está a doca de Oslofjord (em Oslo, Noruega) durante o pôr-do-sol.



Conseguir expressar toda essa angústia por meio de pinceladas, como no quadro acima, com fundo distorcido e cores "irreais" são algumas características do expressionismo.

Esse movimento teve força principalmente na Alemanha, no início do século 20. Pretendia realizar uma pintura dramática, angustiante, com sensações dolorosas sobre o destino do homem.

Surgido como desdobramento do pós-impressionismo, teve forte influência de Van Gogh e do simbolismo, de onde tirou a prática de colocar "mensagens ocultas" nas obras.


Surrealismo: como o Expressionismo, preocupa-se com a sondagem do mundo interior, a liberação do inconsciente e a valorização do sonho. Esse fascínio pelo que transcende a realidade aproxima os surrealistas das ideias do psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856 – 1939).

Esse movimento artístico e literário surgiu em Paris na década de 1920, mais ou mesmo ao mesmo tempo em que apareciam outros movimentos modernistas, como o cubismo.

de René Magritte

Foi o escritor André Breton(1896-1966) o primeiro a utilizar o termo, ao publicar o "Manifesto Surrealista", em 1924. Os artistas deste movimento acreditavam que a arte deveria se libertar das exigências da lógica e da razão e ir além da consciência do dia-a-dia, para poder expressar o inconsciente, a imaginação e os sonhos. 


O Impressionismo - atividade das 7. séries

Como vimos, é a primeira ruptura das artes, foi a primeira vez que os artistas renovaram de forma radical o "fazer arte", mostrando através de suas obras, o movimento e a luz.

Eram pintadas a paisagem de Paris, os jardins, as naturezas mortas e o principal: as pessoas comuns - o importante também era o efeito da luz sobre todos eles, por isso que Monet pintava a mesma cena em vários horários.

Eles deram o pontapé inicial para a revolução das artes e para a nossa arte contemporânea. Não podemos esquecer que nasceu em um período rico em transformações, inovações e invenções: fotografia e cinema são uma delas e foram influenciadas por esse novo jeito de fazer arte.

Vamos conhecer um pouco mais? Leia o texto a seguir:


O Impressionismo por Valéria Peixoto de Alencar


Pintores como Monet têm luz e movimento


 Tente descrever o quadro abaixo, um dos clássicos de Monet

Note que não é possível ver os detalhes das pessoas, dos barcos nem da paisagem que são retratados, embora tais elementos possam ser identificados, e seja possível perceber o efeito de luz e sombra.
A combinação de cores e pinceladas nesse quadro de Monet dão apenas uma "impressão" dessa paisagem, daí o nome do quadro.

Ao olhar uma obra impressionista de perto, vêem-se apenas pinceladas separadas que parecem manchas sem contorno. Vistas de longe, as pinceladas organizam-se para os nossos olhos criando formas e luminosidade.

Foi essa tela de Monet que inspirou o crítico de arte Louis Leroy para denominar o movimento artístico: impressionismo. Era uma forma de menosprezar esse tipo de pintura que não seguia os padrões estabelecidos pela academia e sua pintura realista.

Luz e movimento


Os artistas impressionistas não tinham mais interesse em temas ligados à nobreza, à igreja, ou em produzir retratos fiéis à realidade. Queriam ver o quadro como obra em si mesma. Um dos motivos de tais questionamentos teria sido a invenção da fotografia. A lógica era: para que fazer quadros que copiem a realidade de maneira exata, se para isso já existe a fotografia?

Não foi à toa que a primeira exposição dos impressionistas deu-se na casa de um dos pioneiros da fotografia, Félix Nadar. A técnica da fotografia também abrange o estudo da luz, uma das principais preocupações dos artistas impressionistas.

Além da luz, o movimento percebido pelas pinceladas soltas também é elemento crucial dessa pintura. Interessados pela natureza, os impressionistas procuravam captar em suas telas o efêmero e o fugaz da vida ao ar livre.

Em seus quadros podem-se ver o movimento das águas, os reflexos da luz, a dissolução das imagens, a fumaça de um trem que chega à estação, o nevoeiro sobre um rio, a indefinição no contorno das figuras que se mexem no palco, no baile, na relva. A idéia é pintar o que não pode se repetir, um determinado instante. 
O Salão dos Recusados

Toda essa inovação na forma de pintar teve início com Édouard Manet (1832-1883), que não se considerava um impressionista. Ele utilizou em suas obras cores vibrantes e luminosas, abandonando o método acadêmico de suaves gradações de cores. 
"Claude Monet Pintando Em seu Barco-Estúdio", de Manet (1870).

Em 1863, ao ter duas telas recusadas para participar do Salão Oficial dos Artistas Franceses, Manet, com outros artistas, organizou uma mostra paralela à oficial, o Salão dos Recusados.


Depois desse salão, vários artistas, entre eles Renoir, Degas, Pissaro, Cézanne, Monet e Morisot, passaram a organizar suas próprias exposições (1874-1886).



Na reprodução da tela acima, pode-se observar a preocupação de Manet em registrar Claude Monet, seu contemporâneo, pintando ao ar livre. O quadro contém o que se denomina metalinguagem, ou seja, uma linguagem que fala de si mesma - no caso, a pintura que fala da própria pintura.


Experimente você mesmo!



Claude Monet pintou o Parlamento de Londres em diferentes momentos do dia, com diferentes luminosidades. Observe:



Observe um objeto próximo à janela, no quintal, no jardim e desenhe-o em diferentes horários, notando a diferença de intensidade da luz. Você também pode fazer essa experiência fotografando.

Para ter uma obra no estilo impressionista, você deve fazer o desenho sem linhas de contorno. Varie também nas cores!

fonte:

Atividade para 5 séries

Agora vamos realizar uma atividade dentro da temática da Arte Contemporânea, ou seja, a arte que acontece no nosso dia-a-dia, que está presente na TV, na moda, no cinema e etc.

Vamos criar nossos "My paper Sunglasses", ou  seja, óculos de papel, como foram realizados num evento da empresa Absurda, fabricante de óculos super modernos.

Dessa forma:






terça-feira, 8 de maio de 2012

Texto para a 6 série ler

Turma, como estamos trabalhando com histórias em quadrinhos e criação de super - heróis, vocês precisam ler o texto abaixo sobre a História dos quadrinhos.

Deixem seus comentários com nome e série.


Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-inventou-a-historias-em-quadrinhos


Quem inventou a histórias em quadrinhos?


A primeira história em quadrinhos (HQ) moderna foi criada pelo artista americano Richard Outcault em 1895. "A linguagem das HQs, com a adoção de um personagem fixo, ação fragmentada em quadros e balõezinhos de texto, surgiu nos jornais sensacionalistas de Nova York com o Yellow Kid (‘Menino Amarelo’)", diz o historiador e jornalista Álvaro de Moya, autor do livro História da História em Quadrinhos. A tirinha de Outcault fez tanto sucesso que os grandes jornais nova-iorquinos entraram em pé de guerra para ter o Yellow Kid em suas páginas. Mas é claro que esse formato original para contar uma história não surgiu na cabeça de Outcault de uma hora para outra. Se a gente for buscar as primeiras raízes das HQs, podemos chegar às pinturas rupestres feitas pelos homens pré-históricos, que serviam para contar, por exemplo, como eram suas aventuras nas caçadas.

Os quadros das igrejas medievais que retratavam a via sacra - os últimos momentos da vida de Jesus na Terra - também podem ser considerados antepassados das tirinhas. A grande diferença é que esses ancestrais das HQs não tinham texto, os enredos eram desenvolvidos apenas com uma seqüência de desenhos. "As histórias em quadrinhos constituem um meio de comunicação de massa que agrega dois códigos distintos para transmitir uma mensagem: o lingüístico (texto) e o pictórico (imagem)", diz o pesquisador Waldomiro Vergueiro, coordenador do Núcleo de Pesquisa de História em Quadrinhos, da Universidade de São Paulo (USP). Foi só no século 19 que a coisa começou a mudar, com pioneiros como o suíço Rudolph Töpffer, o francês Georges Colomb e até o italiano Angelo Agostini, radicado no Brasil desde os 16 anos de idade.

Uma forma do homem pré-histórico de contar um fato: desenhando

No Egito como em outra civilizações o código e o desenho foi usado na comunicação

Quadros da Via Sacra, que narram a crucificação de Cristo, tão presentes nas Igrejas e criados na Idade Média

Apesar de esses artistas terem criado trabalhos unindo texto e imagem anos antes de Yellow Kid, características importantes das HQs modernas, como o uso dos balõezinhos com as "falas", por exemplo, só surgiriam realmente nas tirinhas do personagem americano.


Legal Saber!


Personagens e aventuras inesquecíveisDas primeiras tirinhas aos heróis ultra-modernos, dez momentos marcantes das HQs

1869 - AS AVENTURAS DE NHÔ QUIM
De Angelo Agostini
Esse autor italiano, radicado no Brasil, lançou uma das primeiras revistas de nosso país, a Revista Ilustrada. Agostini também foi um dos pioneiros das HQs. As Aventuras de Nhô Quim, publicada na revista Vida Fluminense, narrava as experiências de um caipira na cidade grande. E trazia uma novidade: histórias com um personagem fixo.

1895 - YELLOW KID
De Richard Outcault
Angelo Agostini e outros pioneiros criaram embrioes de HQs, mas a primeira HQ moderna foi Yellow Kid. Na verdade, esse era o nome do principal personagem da tira At the Circus in Hogan’s Alley, que saía uma vez por semana no jornal New York World.

1934 - FLASH GORDON
De Alex Raymond
O personagem surgiu para disputar mercado com outro herói espacial: Buck Rogers. Mas, graças ao talento de Raymond, em pouco tempo as aventuras intergalácticas de Flash Gordon superaram a popularidade do grande rival.



1952 - MAD
De Harvey Kurtzmann
Mad foi uma revista que revolucionou o gênero com seu humor debochado. Era uma forma original de reagir à crescente censura aos quadrinhos nos Estados Unidos, quando os temas mais violentos começaram a perder espaço.
1929 - TARZAN
De Hal Foster e Burne Hogarth
Hal Foster desenhou em tiras o romance de Edgar Rice Burroughs para ser publicado em jornais. O público adorou Tarzan e até hoje as histórias do herói continuam sendo publicadas. Em 1937, Hogarth passou a desenhar o personagem e criou o traço mais vigoroso do "Rei dos Macacos", conferindo às histórias uma ação ininterrupta.
1930 - MICKEY MOUSE
De Walt Disney
Mickey Mouse, símbolo do império de Walt Disney, fez sua estréia num desenho animado de 1928. Foi só dois anos depois que ele virou tira de jornal. Com o sucesso inicial, o ratinho logo ganharia uma revista mensal a Mickey Mouse Magazine.

1959 - BIDU
De Maurício de Sousa
O cachorrinho Bidu foi o primeiro personagem da famosa turma da Mônica criado por Maurício de Sousa. Sua tirinha de estréia saiu no jornal Folha de S. Paulo. No início dos anos 60, surgiriam os personagens Cebolinha, Cascão, Mônica e Magali.

1940 - THE SPIRIT
De Will Eisner
A linguagem revolucionária, com ângulos insólitos, fez com que "O Espírito" já fosse chamado de "Cidadão Kane dos quadrinhos", uma referência ao maior filme de todos os tempos. Danny Colt era um criminologista dado como morto que perseguia bandidos.
1985 - O CAVALEIRO DAS TREVAS
De Frank Miller
Esse artista inaugurou uma nova fase nas HQs: o quadrinho de autor. Em "o Cavaleiro das Trevas" (the Dark kNight Returns, no original em inglês), Miller retrata um Batman vulnerável e inseguro. Com essa humanização do personagem, o artista criou uma das melhores histórias do herói.

1986 - MAUS
De Art Spiegelman
Os judeus são retratados como ratos e os nazistas como gatos na história de um sobrevivente do holocausto. a saga ganhou um Pulitzer especial, importante prêmio jornalístico dos estados unidos.