quarta-feira, 30 de março de 2011

"Marcados para" - uma exposição fotográfica

Texto escrito pela professora Simone C. Garcia

A nossa primeira visita à uma exposição acontecerá na próxima semana, dia 6/4 - Vamos ver e apreciar "Marcados para", fotografias de Claudia Andujar.

O ônibus sairá às 7h15 e o retorno está previsto para 11h40. O valor da condução é de R$ 14,00 e aqueles que não forem na visita terão aula normalmente. As professoras acompanhantes serão: Andréia (História), Tatiane (Língua Portuguesa) e Simone (Arte).

Será uma grande oportunidade para os 40 alunos da sétima série, em ver fotografias de alto nível estético, simbólico, um verdadeiro registro de uma civilização indígena que são os Yanomami.

Mais informações sobre a exposição e a artista? Só ler o texto abaixo:




No holocausto, os judeus foram identificados com uma estrela amarela no peito, o mondedovid, no qual estavam "marcados para morrer". Um registro da raça, da humilhação, do medo e da morte. Claudia Andujar, viveu essa experiência quando morava na Transilvânia, Hungria com seus pais. E em 1944, sofreu a perda do pai e seus familiares, assim como amigos, conhecidos e da própria vida.
Já em 1980, vivendo no Brasil e já engajada na questão indígena, Claudia, participa de expedições de socorro na área da saúde, e registra os Yanomamis em forma de prontuários, tirando um retrato de todos. Na época não havia uma pretensão de transformar essas fotografias em obras de arte e muito menos expô-las, porém, a preocupação estética sempre esteve presente, já que realizava trabalhos como fotógrafa.
Diferente dos judeus, os Yanomamis foram "marcados para viver", na tentativa de salvá-los das doenças vindas com o contato dos "homens brancos", através dos garimpos, mineração e da construção da estrada Perimetral Norte.
É um sentimento ambíguo, o de transformar simples registros dos Yanomami na condição de "gente" em obra que questiona o método de rotular seres para fins diversos. O trabalho de ordenar e identificar uma população sob o risco de extinção, é o conceito dessa obra. E não há como ligar as fotografias com o que aconteceu com os judeus no holocausto com as suas identificações através das estrelas amarelas.


A exposição Marcados Para, da fotógrafa Claudia Andujar foi apresentada pela primeira vez na Bienal de São Paulo 2006, agora o Centro da Cultura Judaica recebe as 87 imagens dos índios Yanomami feitas no começo dos anos 80. Desta vez, também estarão à disposição livros sobre Claudia, as fichas cadastrais feitas por ela da tribo, três ampliações da série e 20 contatos (ampliações dos negativos). A curadoria é de Eduardo Brandão.
Claudia Andujar nasceu na Suíça, mas mudou para São Paulo no final da década de 50 e naturalizou-se brasileira. É referencia na defesa dos índios, chegou a morar em tribos na Amazônia, e está entre os fundadores da comissão que lutou pela criação do Parque Yanomami.

Marcados Para 15 de março a 12 de junho
Entrada gratuita (Os ingressos devem ser retirados com uma hora de antecedência e estão sujeitos à lotação do espaço)
Centro da Cultura Judaica: Rua Oscar Freire, 2.500 / (11) 3065-4333

terça-feira, 29 de março de 2011

A Arte genuína do Jair

Pinturas realizadas pelo Jair, nas partes desconhecidas da escola. Ou vocês pensam que a nossa escola é apenas o que vocês vêem?





Já temos até uma churrasqueira

O Aquecimento Global


Texto escrito pelo Prof. Henrique


OS POLOS ESTÃO DERRETENDO CADA VEZ MAIS RÁPIDO

A posição do nosso planeta em relação ao sol confere à Terra condições perfeitas para a existência e manutenção da vida . Ao longo do tempo o planeta esquenta e esfria de forma natural (ainda não é consenso entre os cientistas), porém nossas influências têm contribuído de maneira sistemática para o aquecimento global. Estudos recentes da NASA (Agência Espacial Norte Americana) comprovam mudanças no aumento do nível dos oceanos. O último relatório divulgado em 2007 previa um aumento deste nível, porém estas previsões já podem estar superadas.

As camadas de gelo da Antártica e da Groelândia estão perdendo massa a um ritmo muito acelerado. As camadas estão derretendo mais rápido do que as geleiras das montanhas. As análises dos satélites entre 1992 e 2009 indicaram uma enorme perda de gelo. As calotas polares têm influência direta no clima do planeta, é através das correntes marítimas que o controle é feito .De forma natural as correntes quentes dos trópicos levam calor e o inverso acontece. Qualquer mudança na quantidade de sal dos oceanos ou se as águas se esquentarem mais do que o normal, a cadeia de alimentos dos animais marinhos também será afetada. e o clima soferá mudanças.

O aquecimento global já traz conseqüências para a vida na terra. Por muitos anos as calotas polares por serem brancas mantiveram a sua capacidade de reflexão solar (Efeito de Albedo), mas os lançamentos de gases tóxicos e vapores d’água na atmosfera têm aumentado o Efeito Estufa, conseqüentemente aumenta-se o calor retido na atmosfera. O aumento dos níveis das águas dos mares e oceanos está contribuindo para o aparecimento dos primeiros “refugiados do aquecimento global " .Tuvalu é um dos exemplos mais recentes. Tuvalu é um Estado da Polinésia formado por um grupo de nove atóis, antigamente chamado Ilhas Ellice.Está localizada ao sul do continente Australiano (Oceania).Seus moradores serão removidos para a Nova Zelândia, pois seu território deverá sumir do mapa nos próximos anos, previsão das observações das mudanças climáticas que já podem ser observadas nas suas ilhas. Algumas interferências podem até acontecer em escalas menores, mas as consequências das ações antrópicas sempre serão em escala global.

Todos somos responsáveis, consumimos demasiadamente e produzimos muito lixo . É preciso diminuir o consumo e praticar ações sustentáveis.

Educativo - 29 Bienal


Informações dadas pela professora Raquel Camargo Correa Lopes



INFORMAÇÕES SOBRE A BIENAL


No ano passado, o Educativo da 29ª Bienal de São Paulo teve entre suas metas a promoção de diálogos que suscitassem reflexões sobre a arte contemporânea. Além de transpor os muros espaciais e temporais da mostra, em diferentes cantos da cidade e do Brasil, o Educativo também construiu vínculos com educadores, ONGs, escolas, pontos de cultura e parceiros diversos através de seus encontros de formação e ações. Estas parcerias são fundamentais para o desenvolvimento contínuo da proposta da Fundação, que, a partir de janeiro de 2011, implementou o Projeto Educativo permanente.

O Material Educativo da edição passada está disponível no site da 29ª Bienal de São Paulo (www.29bienal.org.br) e caracteriza o perfil dos encontros de formação. Além disso, a partir de abril, teremos um novo site da Fundação (www.fbsp.org.br), que contará com um Fórum voltado a questões da Bienal e do Educativo permanente. Tanto o Fórum quanto o Material Educativo são ferramentas interessantes para a construção de diálogos, que surgirão da reflexão conjunta.

Com a inauguração deste novo momento na trajetória das ações educativas da Fundação Bienal, nada mais imprescindível do que estreitarmos estes laços e criarmos novos, por meio de nossas ações de Formação em Arte Contemporânea. Esses encontros são uma oportunidade de refletir sobre contemporaneidade e os caminhos da arte contemporânea, debater questões sobre o ensino da arte e participar de vivências poéticas.

O agendamento de novas formações em 2011 já está aberto e convidamos os interessados a entrarem em contato com nossa equipe de Relações Externas, coordenada por Helena Kavaliunas, pelo telefone 11 5576.7611 ou pelo email educativo@fbsp.org.br. Podemos atender a grupos tanto no próprio Pavilhão da Bienal, quanto levar nossa equipe para outros espaços, nos quais possam ser realizados os encontros.

Esperamos o seu contato e estamos à disposição para esclarecer as eventuais dúvidas.


Atenciosamente,

Stela Barbieri
Curadora Educacional

Fundação Bienal de São Paulo
educativo@fbsp.org.br
www.29bienal.org.br
www.fbsp.org.br
11 5576.7611

quinta-feira, 24 de março de 2011

A escola - Paulo Freire


"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...

Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.

O diretor é gente,
O coordenador é gente,
O professor é gente,
O aluno é gente,
cada funcionário é gente.

E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.

Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.

Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,indiferente, frio, só.

Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!

Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se, ser feliz."

de Paulo Freire